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TileLight - Festival Alumia (2017)

Festival Alumia 2017 promovido pela Porto Lazer, Porto, Portugal

Equipe:

José Pedro Sousa (FAUP/DFL), Autor e Coordenação Geral

Rodrigo Waihiwe (DFL), Autor e Desenvolvimento de Projecto

Pedro de Azambuja Varella (FAUP/DFL), colaborador coordenação da produção

Nohelia González (DFL), colaborador gestão financeira

Maurício Silva (IAU-USP), assistente produção

Rafael Santos (FAUP), assistente montagem

João Carvalho (FAUP), assistente montagem

Gabriel Correia (FAUP), assistente montagem

Marco Leitão (FAUP), assistente montagem

CONCEITO

 

A instalação Tile Light foi pensada como um sistema, capaz de se adaptar a diferentes situações de espaço público. Tirando partido da iluminação existente, a intervenção transforma-a, criando um novo efeito de iluminação e, consequentemente, uma nova experiência espacial. A obra foi pensada para o espaço que inicia o trajeto proposto pela Convocatória do Alumia, nas Escadas da Vitória, a solução da Tile Light consiste numa membrana suspensa com uma área de aproximadamente 2,20 por 14 metros nas maiores dimensões.

 

Conceptualmente, a Tile Light trata-se de uma superfície plana que se coloca sobre um vazio entre as fachadas geralmente germinadas dos edifícios do Porto (as escadarias da Vitória), geometricamente, esta superfície sofre um processo de mutação morfológica de acordo com as seguintes regras:

1) A existência de elementos de iluminação cria uma abertura na superfície;

2) A distância da superfície ao chão define nessas aberturas a emergência de uma forma cônica que conduz a luz emitida. De acordo com a topografia do chão (ex: desníveis, rampas...) essa forma cônica pode ser ascendente ou descendente.

Deste modo, o sistema define uma solução formal específica em função de cada espaço de intervenção.

No evento do ALUMIA, selecionou-se o espaço da Escadaria da Vitória para aí aplicar este conceito e, assim, gerar uma solução personalizada para esse local.

 

Materialmente, a superfície da membrana é subdividida em triângulos de lona azul escura baseada num motivo geométrico muito comum em azulejos da cidade do Porto (fotos do azulejo porto) que através tanto da luz dos candeeiros públicos quanto do sol projetam seu padrão sobre as Escadarias da Vitória. Para além de criar um efeito interessante do ponto de vista geométrico e luminoso, a adaptação do motivo dos azulejos a esta nova forma orgânica remete para a ideia de que a tradição pode ser reinventada e recuperada para novas formas de intervenção. Por outras palavras, e de acordo com o tema do evento, intervir no Centro Histórico não deve apenas envolver processos de mimetização do existente/antigo, mas pode, também, envolver a introdução de elementos de modernidade, que contribuem para a sua revitalização. Assim, na Tile Light, o padrão do azulejo que se observa aplicado de forma repetitiva em fachadas planas da cidade, torna-se variável ao adaptar-se a uma nova forma orgânica. Faz-se assim uma alusão a esta tensão entre o 'existente/tradição' e o 'novo/inovação', que se coloca sempre que se intervêm num Centro Histórico.

 

Em síntese, a Tile Light é uma intervenção leve que articula três temas - iluminação, topografia e padrão - para transformar e criar temporariamente uma nova experiência espacial pelo Centro Histórico do Porto.

 

Materialmente a membrana é estruturada por um suporte feito de perfis de alumínio de 25 milímetros suspensas por cabos de aço em roldanas fixas em ganchos preexistentes nos edifícios da envolvente. Os triângulos da membrana são gerados por modelagem generativa no computador e são cortados em uma laser cutter, eles se estruturam através de ligações feitas com parafusos plásticos, e são montados com a leitura do modelo tridimensional que indica o lugar e a posição de cada peça

MONTAGEM

 

O processo de instalação foi dividido em duas partes, a pré-montagem da membrana e da estrutura metálica e o içamento in locu nas Escadarias da Vitória. Na primeira etapa montou-se a estrutura metálica dividida em três partes e o conjunto da membrana, para certificar as condições de içamento da estrutura no local testamos um sistema de roldanas na parte exterior ao Digital Fabrication Lab. Para a montagem in locu tivemos o auxílio de andaimes nas partes mais altas das escadarias e de uma estação elevatória na parte mais inacessível, onde necessitava passar a membrana entorno do candeeiro público.

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