top of page

Doce Reflexão (Sweet Reflection) - Festival Urbe 2016

Rua Prates, Bom Retiro, São Paulo SP (12 - 27 Novembro 2016)

Rodrigo Waihiwe, Projeto arquitetônico coordenação geral e execução

Anaisa Franco, Artista e proposição

Arq. Wellington Conegundes, coordenação e execução do projeto 

Ricardo Ximenes, acabamentos

Bruno Top’Tiro, acabamentos

Manuseio Montagem e Produção Cultural, instalação in locu 

FabLab Livre Chácara do Jockey (Lucas Schlosinski, Camila Lavieri, Leonardo Nazário), apoio e fabricação digital

Garagem FabLab, fresagem das peças de compensado

Área: 18 m²

Ano do projeto: 2016

Fotografias: Anaisa Franco e Rodrigo Waihiwe

Mídia externa:

* "How to Guide" Implementing Technology Towards Active Public Space - IAC - Barcelona página 56 - 59 

* Vídeo da matéria veiculada no Canal Arte 1

* Casa Vogue

Da obra

 

Foi concebido pela artista Anaisa Franco e projetado por Rodrigo Waihiwe um pavilhão em forma orgânica estruturada por formas hexagonais que remetessem a uma colmeia, com a finalidade abrigar uma cozinha digital para as atividades da obra “Doce Reflexão”, participante do Festival URBE 2016.

O Festival URBE - Mostra de Arte Pública 2016 aconteceu entre os dias 12 e 27 de novembro no bairro do Bom Retiro, região central da cidade de São Paulo, Brasil, onde três locais distintos receberam as obras site specific: “Me Conta um Segredo?” de Guto Requena, “Doce Reflexão” de Anaísa Franco e “Flutuações” de Iara Freiberg, com curadoria de Alessandra Marder, Felipe Brait e Reinaldo Botelho.

O evento teve por objetivo investigar o espaço público por meio de práticas artísticas que assimilam a fusão entre obra e lugar com intervenções temporárias, criando um percurso orientado pelo interesse do expectador.

A obra foi instalada à beira do Parque da Luz, na Rua Prates, seu objetivo era criar um memorial temporário para população do bairro, que pode estampar a cobertura translucida do pavilhão com a imagem de seu rosto e também ter a sua face impressa em massa de panqueca ou chocolate através de uma impressora digital de comida. A finalidade desse registro e do ato autofágico simbolizado pela comida vinha da vontade da artista de criar um memorial que celebrasse a diversidade étnica do bairro Bom Retiro e de devolver essa experiência na forma de doces personalizados.

 

O processo

O ponto de partida do projeto foi a criação de uma casca de dupla curvatura que remetesse a uma colmeia e a partir dessa forma, e com o uso de modelagem generativa, subdividiu-se essa casca em painéis hexagonais originando uma estrutura reticulada com encaixes duplos circulares entre as arestas, que se estabilizam majoritariamente por compressão.

Antes da execução da obra foram feitos alguns testes estruturais em três modelos diferentes: uma impressão 3D em escala 1:50 para testar a plástica geral da obra , um modelo em 1:30 feito de mdf 5mm cortado à laser para analisar e garantir o funcionamento estrutural da forma em relação à tipologia de encaixes , e um fragmento da estrutura original em escala real para certificar os parâmetros de corte na fresa CNC e do funcionamento real dos encaixes.

Cerca de 1200 peças únicas da estrutura, de compensado naval, foram cortadas em uma fresa CNC de 15 mm de espessura. Através da identificação pelo modelo virtual do projeto se fez a montagem manual das peças estruturais com o auxílio de um martelo de borracha.

A cobertura do pavilhão foi feita de placas de PETG de 0.75 mm translucida, para formar uma escama sobre a estrutura, que por sua vez foi fixada através de grampos na lateral dos montantes estruturais. Esse plástico tem a dupla função de proteger as pessoas e os equipamentos eletrônicos das intempéries e fixar as faces que vieram a estampar o pavilhão .

O mobiliário de apoio para uso da equipe e para os equipamentos eletrônicos – a impressora digital pancakebot, tablets e a impressora de estampas – foram concebidos seguindo a mesma estética e o mesmo processo de modelagem generativa do pavilhão a partir da divisão em hexagonos .

O Parque Chácara do Jockey, na zona Oeste da cidade de São Paulo, foi o local onde se fabricou e se fez a pré-montagem da estrutura do pavilhão. A fabricação teve o auxílio técnico do FabLab Livre SP da Prefeitura Municipal de São Paulo e foi planejado para ser pré-montado em sete grandes partes para caber no caminhão  que fez o transporte do local de montagem ao de espaço de exposição.

No local de montagem a estrutura foi fixada sobre um gabarito que se apoia a pequenas caixas de compensado naval presos à calçada por meio de parafusos de pressão.

Sistema de encaixes compressivos concebido digitalmente 

Perspectiva explodida do sistema construtivo

Modelo em escala 1:50 em impressão 3d na fresa CNC do FabLab Livre SP Jockey

Módulo em escala real de parte dos encaixes

Modelo em escala 1:30 feito em MDF com módulos e encaixes reduzidos

Foto 1 Modelo em escala 1:30 de MDF 

2 folhas das 28 folhas de corte de compensado naval para a fresa

Cortes de PETG para a cobertura da obra

doce reflexao waihiwe parametric
bottom of page